sábado, 22 de outubro de 2011

bem-me-leve.

depois de beber uma garrafa inteira de café, e de tentar consolar uma amiga que acabara de perder a pessoa mais importante de sua vida, eu me pego pensando em você. no nosso final de semana, já faz mais de um mês. será que você ainda pensa em mim? se lembra dos traços do meu rosto, da cor dos meus cabelos? "Os finais de semana que doem o resto dos dias". ontem foi uma noite bem pesada. ajudei minha amiga a fazer as malas e sair da casa de seu, então, ex-marido. eu me peguei pensando que nem isso eu vou fazer com você. eu só fiz a mala de um final de semana, querendo fazer as malas de uma vida inteira com você. você sumiu, sem deixar notícias, sinal de fumaça, nada. é como se você não existisse. mas existe, em tudo, no café, no cigarro, nas músicas da adele, até nas malas que eu fiz ontem. um dos dias mais tristes da minha vida, porque eu finalmente percebi que em nada dá pra ser com você. eu nunca vou ver você batendo no meu portão com aquele seu sorriso. nunca vou ver você acordando com aquela cara de mais cinco minutos, naqueles lençóis tão brancos, mas que na minha memória se tornaram tão amarelados pelo tempo que passou, e o seu silêncio que se fez tão presente. eu nunca mais vou fazer as malas, e te ajudar com as suas. nós nunca vamos ser mais que um final de semana de filme.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

paura.

eu li isso agora: "Porque te dá um medo filho da puta: ser feliz, medo de amar, medo de ser bom. Tudo que faz bem pra gente, a gente tem medo." eu não sei em qual estado eu estou, mas eu consigo me lembrar de tudo. é isso que fode tudo. eu poderia levar minha vida normalmente se não lembrasse de nada. meus remédios são vilões, me fazem esquecer de coisas que não me importam, que não fazem diferença. o que eu deveria e preciso esquecer, eu não esqueço. você tá aqui em cada parte do que eu sou agora, em cada passo, cada gole de cerveja ou qualquer outra bebida. e eu não sei se entendi errado, mas me dói saber que você também não supera isso tudo. eu te amo pelo pouco que você foi, e por tudo que poderia ser. mas a clarisse já dizia "O pessimismo passou, mas o bom propósito não: farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor." .eu não vou te amar cega. alias, eu nem sei se isso é amor. é uma coisa que eu simplesmente não consigo conter e não posso fazer NADA a respeito, talvez seja por isso que eu sinta tanto. tanto sem poder fazer nada. isso me mata um pouquinho a todo momento. como aquele vídeo da soulstripper que a menina diz :"saudade? só um pouquinho...um pouquinho o tempo todo... " é tudo um grande bolo de merda que não tem solução. tá, eu sei que existem várias, mas nenhuma delas vai me satisfazer. eu vou te procurar em todos os caras que aparecerem. eu vou tentar encontrar neles o que você foi pra mim, e não vou encontrar, e vou me frustrar. assim como eu imagino que vai acontecer com você. você vai encontrar meninas lindas mas que não vão te "completar" como eu. que não vão de alguma forma, te entender como eu. e o tempo vai passar. esse é o meu maior medo. não que eu vá te esquecer, porque eu me conheço. eu não esqueço fácil. mas pra você, na correria toda da sua vida, meu maior medo é eu ser só uma lembrança distante, fria, sem sentido. não esquece de mim, e nem daquele final de semana. eu quero ser leve, mas não esquece, por mais que doa, e te faça um pouco de mal, não me esquece. e volta pra mim, um dia. mesmo que esse dia dure só algumas poucas horas. é só isso que eu te peço.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

nunca.

eu pensei muito ontem enrolada no edredon, deitada no travesseiro molhado por lágrimas doídas e muito mais sinceras do que várias outras que eu já derramei. eu não posso te tirar da minha vida assim, você é importante e especial demais pra mim. mais do que eu imaginei que seria. eu sei que você está confuso, e eu também estou. estamos perdidos em um final de semana. mas pensando em tudo, acho que não é motivo pra eu tentar te esquecer, te odiar (como você mesmo disse), até porque eu não conseguiria. talvez, a solução seja deixar o tempo nos mostrar a solução. deixar o tempo fazer o papel dele. talvez não aconteça nada, talvez aconteça tudo. eu esperei muito tempo por alguém que valia bem menos que você, que foi bem menos sincero que você, que eu quis bem menos que você. não que eu vá esperar pra sempre, só vou guardar tudo que eu sinto num lugar bem seguro pra quem sabe um dia, se a gente se encontrar, a gente possa compartilhar de novo. a gente fez o mais difícil, que foi encontrar alguém e eu não quero disperdiçar isso. não vamos nos esquecer só porque por hora não é possível estar perto. pense bem, o mais difícil a gente já fez. espero que entenda o que eu quis dizer e que sinta o mesmo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

set fire to the rain.


eu tenho um defeito, penso demais quando não devia, e quando devia, não penso em nada. ando pensando muito nesses 3 dias sobre o meu final de semana, sobre as coisas que eu escutei depois que voltei. é, estou confusa, meio perdida, sem saber pra onde correr. na verdade, não sei se corro ou fico parada, esperando. de 3 opções, só pode ser uma. ou aquilo é oco, ou é podre ou é de gelo. se for oco, eu poderia encher de coisas bonitas e doces. se for podre, sinto dizer que o mais provável é que seja comido por vermes. se for de gelo, bem, eu poderia aquecer até virar água e ver o que tem dentro, mas o gelo também pode queimar. a verdade é que preciso de uma oportunidade pra isso. não quero ser um peso, muito pelo contrário, quero ser leve. quero iluminar os dias que eu puder estar presente, se e quando for possível estar. amor não se constrói em um final de semana, eu sei bem. precisa muito mais que isso. mas eu só queria que ele pensasse bem, e se perguntasse quantas pessoas têm a oportunidade de ter o que nós tivemos. são esses momentos que me fazem acreditar em destino, e em soulmates.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

agridoce.



eu devo ser masoquista mesmo, os últimos minutos do seu lado foram desesperadores. eu não queria ir. acho que deu pra perceber. se eu pudesse ficaria morando lá na rodoviária junto com a cadelinha com a patinha machucada, só pra ficar mais perto. quando eu cheguei, eu não fazia ideia de como seria o final de semana, o que aconteceria, só queria que fosse bom. é, foi mais que isso. acho que a "fome" de nós foi tão grande, que nos perdemos nas horas e ficamos sem comer porque não havia mais lugares abertos. tinhamos uma cama enorme, cervejas, cigarros, a companhia da adele, cetim vermelho (rs), e uma intimidade, sintonia, sei lá como eu posso chamar, que parecia que estávamos nos reencontrando. um sábado só nosso. o domingo preguiçoso, quente e com MUITA fome de comida. burguer king, croissant de brigadeiro de panela. as últimas horas na companhia de pessoas agradáveis. a falta de cigarro que me fez comprar aquele LA ruim. o chaveiro que abre long neck. os longos silêncios em que ficavamos nos olhando e depois querendo saber os pensamentos um do outro, mesmo sabendo que não era preciso. os abraços, ah os abraços. eu digo que sou masoquista porque com tantos caras na minha cidade, eu fui escolher pra ter um final de semana desses com você, da roça (rs). um final de semana que eu vou lembrar pra sempre. que eu vou querer sempre. que eu vou sentir saudade sempre. que eu ainda vou me lembrar daqui 50 anos e ficar pensando no médico maravilhoso que você se transformou. a verdade mesmo é que eu queria poder te pedir pra cuidar do meu coração agora e sempre, mas eu sei que não é assim. e dói. só eu sei o que foi adormecer no ônibus com os olhos inchados, vermelhos e cansados demais. eu queria que as coisas pudessem ser mais fáceis pra nós. mas nunca é assim também. são dias assim que me fazem ver o quanto a vida vale a pena. mesmo que seja por algumas horas, ou dois dias. viver vale a pena.

minutos antes de eu pegar o ônibus pra voltar a sjc, você me perguntou se eu postaria no meu blog. não entendi o porque, mas ta ai pra você.


http://www.youtube.com/watch?v=a3HHeV9YmDM

sexta-feira, 27 de maio de 2011

o inverno chegou, e com ele meu amor.



apesar da espera de quase três anos e meio, eu sempre soube. alguma coisa sempre me disse que nós caminharíamos lado a lado de novo. e eu não poderia estar mais feliz, leve, dormindo melhor (até isso compartilhamos). e eu só quero matar toda essa saudade acumulada.

quinta-feira, 10 de março de 2011

fim de tarde com você.



eu queria saber escrever tão bem quanto você. pensei em mil coisas pra escrever aqui no caminho pra casa dentro da van, e agora as palavras somem. eu nunca tive muita certeza de como seria quando a gente se encontrasse, como eu reagiria. mas de uma coisa eu sempre soube, eu não voltaria sentindo as mesmas coisas que sentia quando entrei no ônibus pra rio negrinho. e como eu já previa, foi o que aconteceu. eu me vejo desejando você do meu lado o tempo todo, em todas as coisas que eu faço. eu te vejo em tudo aqui, mesmo você nunca tendo participado de nada na minha vida além daqueles 4 dias maravilhosos no psicodália. eu nunca soube bem o por que, mas você é diferente dos caras que passaram na minha vida. eu senti isso quando te vi entrando naquele galpão na hora do almoço sábado. soube quando acordei do seu lado naquela barraca quente. soube mais uma vez quando assistimos os momentos finais daquele show ruim e do festival debaixo de uma árvore. e tive certeza quando tive que me despedir de você na portaria. pela primeira vez, eu não estou me sentindo como uma menina de 15 anos perdida sem saber o que fazer, ou como agir. me sinto como uma mulher que sabe o que quer, e apostaria todas as fichas nisso. então, se for pra você apostar uma ficha ou algumas poucas, não aposte nenhuma. eu já perdi antes. e continuo correndo o risco. e eu sei o quanto é e/ou vai ser difícil fazer algo acontecer. eu não me colocaria numa situação assim se não achasse que iria valer a pena. e eu espero que você não seja só mais um cara que passa pela minha vida. e sim como você mesmo disse, alguém que faça minha vida parar. e não por uns instantes, e sim pelo tempo que tiver que parar.



na foto: o pôr-do-sol do guaíba. :~

sábado, 22 de janeiro de 2011

as longas horas.


alguém aqui tem paciência, força, ou sei lá o que, pra me vender? doar? eu simplesmente perdi. de graça. e eu nunca, nunca quis isso, nunca esperei por isso. eu o conheci, e eu lembro que ele estava mal, uma ex. sempre tem uma ex. eu também estava mal, não era ex, mas poderia ter sido. aos poucos, a gente foi se ajudando, se costurando, cicatrizando. erro meu. eu me esqueci do que acontecia além das marcas que um amor deixa. e eu que sempre soube que a vida continua. a vida continuou. o menino passou em medicina, e eu fiquei aqui, parada, querendo pedir pra ele ficar. mas ficar aonde? na minha cabeça? é o único lugar que ele realmente existiu pra mim. ninguém entende. nem eu entendo. eu realmente me surpreendo com o que acontece comigo nesse exato momento. e eu nunca vou falar.

(pega essa flor, e guarda. ela representa tudo. o abraço que nunca foi dado. os sorrisos. as caipirinhas. e todo o resto.)